terça-feira, 28 de outubro de 2014

Como superar a traição no relacionamento?





 




Apesar de ser tão doloroso e traumático, será que pode existir vida a dois após a traição?
Essa é realmente uma das situações mais difíceis que encontramos na vida a dois, e cada vez mais comum, seja por homens ou por mulheres. A traição gera marcas de desconfiança e de decepção muito fortes, que para sempre vão estar presentes na vida de toda a família. Quando alguém trai seu cônjuge, está distorcendo também a imagem de homem e mulher na visão de seus filhos, o que pode torná-los pessoas isoladas, com dificuldade para construir laços afetivos ou com tendência à traição posterior.
as apesar de ser tão doloroso e traumático, será que existe vida a dois após a traição? Será possível reconstruir o laço de fidelidade após o adultério? Acredito que a melhor resposta seja: depende. Vários fatores vão interferir nisso.
O adultério aconteceu várias vezes? A pessoa traiu em seus relacionamentos anteriores? Acontecia desde o namoro? A sexualidade dele/dela está desequilibrada e há vícios sexuais? Existe uma herança familiar muito forte de traição? Se a resposta for afirmativa para algumas dessas perguntas, então essa pessoa provavelmente só irá mudar se experimentar uma grande transformação em sua vida – conversão radical, tratamento terapêutico/psicológico. Se a pessoa se fecha às ações de mudança, fica muito complicado ajudá-la. Em alguns casos extremos, deve-se pensar na possibilidade do afastamento, que pode ser até menos traumático do que o convívio instável. A separação, desde que seguida pela vivência da castidade individual, não é pecado (pode-se inclusive manter a comunhão Eucarística), e tende a garantir um ambiente menos agressivo para a criação dos filhos. Algumas vezes, ao sentir a perda concreta da família, o adúltero acaba encontrando o incentivo para buscar a mudança.
Por outro lado, são muito frequentes os casos de traição isolada, em casais que tinham como conduta moral a fidelidade. Em uma determinada fase da vida, o casamento deixa brecha e espaço para que uma terceira pessoa entre no meio (“a outra” pode ser também o trabalho, o serviço a Deus, os filhos…). A pessoa não tinha a intenção de trair, mas em um momento de fragilidade pessoal e de instabilidade do relacionamento, permitiu-se envolver com alguém externo. Essa traição pode sim ser superada, desde que ambos estejam muito dispostos a reconstruir.
O primeiro passo da reconstrução é o perdão. Sim, houve um erro concreto. Em determinado momento, o adúltero tomou a decisão errada de se envolver com outra pessoa. É preciso reconhecer o erro e pedir perdão (com muita sinceridade, humilhar-se mesmo). Nessa fase muito dolorosa, é preciso ser verdadeiro e esclarecer todas as dúvidas e perguntas. Acredite: na maioria das vezes, a imaginação do traído é muito pior do que a realidade da traição. Deve haver muita conversa, trazendo sinceridade e realidade ao pedido de perdão.
A segunda etapa é a decisão do perdão. Quem foi traído precisa decidir se vai tentar reconstruir ou se não consegue fazer isso. E a partir do momento que decidir, faça todo esforço para que dê certo. Claro que não é algo que será esquecido, e para sempre será um erro grave cometido pelo outro. Mas perdoar não é esquecer nem dizer que aquilo foi certo. O perdão só significa que você abre mão de ser o acusador daquela pessoa. Há o erro, mas não cabe a você cobrar a culpa e a justiça. Você abre mão de carregar as pedras que “teria o direito” de jogar na pessoa, todos os dias, para o resto da vida. O perdão é um processo, mas a decisão é um degrau indispensável.
A partir daí, é preciso voltar-se para o relacionamento. Se houve esse tipo de traição (por pessoas que tinham o propósito firme de fidelidade), é muito provável que ambos tenham construído um casamento onde ficou um vazio, uma falta de intimidade, permitindo que uma terceira pessoa tivesse a oportunidade de entrar. Apesar de, na prática, um só ter cometido o erro, esse desequilíbrio no relacionamento foi causado pelos dois, 50-50%. É preciso então, avaliar como cada um estava atuando na vida a dois. Deixo claro que essa avaliação é uma autoavaliação. Não é um julgamento do outro, mas meu. Quais foram as brechas que eu deixei? Em terapia, entendemos que o período mais importante a ser avaliado é o de seis meses que antecederam a traição. Como andava o carinho, o diálogo, o sexo? Dedicava tempo suficiente para o outro? Fazia com que ele/ela se sentisse amado, valorizado e especial? Permiti interferências externas excessivas (parentes, crises financeiras, trabalho)? Tornei nossa casa um ambiente desagradável e áspero – estresse, brigas e agressões? Descuidei do meu corpo, da higiene e da saúde, tornando difícil a intimidade física? Dei abertura excessiva (conversas muito íntimas, contato físico inconveniente) para pessoas externas, colocando-me em situações de risco?
Após o arrependimento, o perdão e a avaliação do relacionamento, ambos estão aptos a melhorar o que perceberam de ruim, e assim fechar as portas para outras pessoas. Ao longo dos anos, podem acontecer flashs na pessoa traída, com “ataques de ciúmes”. Mas, com o tempo e com a demonstração de confiança, ambos vão aprendendo a lidar com isso, os episódios se tornam menos frequentes e a convivência pode voltar a ser boa, e até mesmo melhor que antes.
Sim, é possível reconstruir um casamento após uma traição. Decida-se por ser feliz e por lutar por sua família. Todos os longos e bons casamentos passaram por fases difíceis. A diferença é que eles nem pensavam na possibilidade de desistir!

Roberta Castro é Ginecologista e especialista em terapia familiar- RCC

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A influência da televisão





Esses textos abaixo chamaram muito a minha atenção... é importante divulgarmos essa informação para todos os nossos amigos cristãos, para que ninguém se deixe levar por essa influência maligna...

Paz e bem







Muitos problemas que vivemos são decorrentes de imagens televisivas que ficaram gravadas em nossos subconscientes. É claro que a televisão amplia nossa visão de mundo, mas também sabemos o quanto desperta nossa curiosidade.

Uma criança que fica vendo programas que mostram cadáveres, assaltos e outras formas de violência acaba perdendo a capacidade da perplexidade. A criança passa a achar que o mundo é assim mesmo. E não adianta afirmar que a TV mostra aquilo que o povo quer assistir. Sabemos que os meios de comunicação, especialmente a televisão, são grandes formadores de opinião. Do contrário, não se investiria tanto em propaganda e marketing.

Quanto às cenas de sexo, homossexualismo, troca de casais... alguns poderiam dizer que é normal, já que a grande maioria das pessoas pratica sexo. Esse é um argumento bem inconseqüente. Afinal de contas, todos nós precisamos ir ao banheiro algumas vezes por dia, mas nem por isso, gostaríamos de nos ver filmados ou fotografados quando fazemos nossas necessidades naturais. Não é o fato de fazer que se autoriza a publicação.

O sexo tem a ver com intimidade. É um momento de profunda oração na vida do casal. A sexualidade está ligada ao mistério do amor. Tem relação com Deus e com a co-participação na obra da criação. Mas o modo como é apresentado, passa a ser vulgar, pecaminoso, imoral e profundamente destruidor das consciências.

A criança se acostuma com as imagens e começa a achar tudo normal. É até mesmo um crime despertar a criança para o genitalismo quando nem mesmo a sexualidade foi despertada nela. É crime ainda maior despertar e incentivar o genitalismo barato, pecaminoso e imoral.

Esse tipo de programação acaba reduzindo a infância, antecipando para a criança problemas que só conheceria mais tarde: como drogas, prostituição, traição, aborto. Por que será que quando a televisão quer aumentar a audiência, trabalha com a violência, sexo e baixaria? Porque o povo gosta de ver essas coisas, poderiam responder alguns. No entanto, sabemos que isso não é verdade.

Antes de apresentar esses fatos, a televisão se encarrega de fazer chamadas sensacionalistas e dar grande ênfase às matérias que serão apresentadas. Primeiro ela desperta a curiosidade, depois vem com as imagens terríveis que vão sendo gravadas no coração de todos nós, especialmente no das crianças. Por isso, além do uso racional da televisão, precisamos orar a partir dessas imagens distorcidas que ela provocou em nós.

Artigo extraído do livro “Seja feliz todos os dias” de Padre Léo (SCJ)
Pe. Léo24/08/2007







Certa vez, um amigo chamado Franz Victor, psicólogo já falecido, disse-me que “as novelas fazem uma pregação sistemática de antivalores”. Embora isso já faça bastante tempo, eu nunca esqueci esta frase. Meu amigo me disse uma grande verdade.

Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, a maioria das novelas estraga as pessoas, incutindo-lhes antivalores cristãos.

As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça; e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada.

Na maioria delas vemos a exacerbação do sexo; explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas, podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes, de maneira explícita, acintosa e provocante. E isso no horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.

Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada técnica de imagens, som, música, e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção dos telespectadores e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.

Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, entre outros; eles vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; de forma que, aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia do sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se o homossexualismo como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja Católica (CIC) chama a prática homossexual de “depravação grave” (CIC §2357).

O roteiro e enredo dos dramas das novelas são cuidadosamente escolhidos de modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas, infelizmente, a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O adultério é muitas vezes incentivado de maneira sofisticada e disfarçada, buscando-se quase sempre “justificar” um triângulo amoroso ou uma traição.

O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama em que um terceiro surge na vida de um homem ou de uma mulher, casados, que já estão em conflito com seus cônjuges. A cena é formada de modo a que o telespectador seja levado a até desejar que o adultério se consuma por causa da “maldade” do cônjuge traído.

E assim, a novela vai envolvendo e “fazendo a cabeça” até mesmo dos cristãos. A conseqüência disso é que elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos – antes considerados absurdos –, agora já não o são, porque as novelas tornaram o pecado “palatável”. O erro vai se transformando em algo comum e perdendo a sua conotação de pecado.

Por outro lado, percebe-se que a novela tira o povo da realidade de sua vida difícil fazendo-o sonhar diante da telinha. Nela, ele é levado a realizar o sonho que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para lugares paradisíacos, casas superluxuosas com todo requinte de comidas, bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda sorte; fazendas belíssimas onde mulheres e rapazes belíssimos têm disputas entre si.

E esses modelos de vida – recheados de falsos valores – são incutidos na cabeça das pessoas. A conseqüência trágica disso é que a imoralidade prevalece na sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos são abandonados pelos pais, carregando uma carência que pode desembocar na tristeza, depressão, bebida e até em coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros, que mal assumem os filhos... É a destruição da família.

Por tudo isso, o melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanharem essas novelas. Contudo, os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras atividades atraentes. Não basta suprimir a novela; é preciso colocar algo melhor em seu lugar. Esta é uma missão urgente dos pais.

Felipe Aquino



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Família projeto de Deus


 



Eu quero convidar você a abrir a Palavra de Deus em:
Salmo 126 (127),1-5   -> leia calmamente


O amor nasce, vai crescendo com o conhecimento e com a convivência. Muitas vezes, aqueles encantos do começo até passam, mas o amor não. Quando este é verdadeiro ele vai crescendo, é incondicional, é uma decisão e um esforço que nós fazemos para ser fiéis à pessoa que está ao nosso lado. Quando eu digo: “Eu te amo” estou dizendo ser fiel até o último dia da minha vida, aconteça o que acontecer, meu amor é dessa pessoa.

É preciso trabalhar pelo amor se quisermos uma família consistente, nós precisamos suar a nossa camisa pelo amor. Nós trabalhamos, só que é Deus quem a [família] edifica; sem o Senhor o nosso esforço é em vão, porque por mais forte que seja o nosso sentimento [amor], ele é muito frágil, mas ganha uma força indescritível quando passa de amor humano para amor humano em Deus. Porque é o amor de Deus que passa pelo nosso coração, porque o Espírito Santo de Deus foi derramado em nossos corações, então nosso amor humano também é amor divino. E não amamos de qualquer jeito, nós amamos amparados pela graça do Alto, que é outra qualidade de amor. É amor humano que foi abrasado pelo amor de Deus. E ao amar honramos o compromisso que fizemos um ao outro.

Se amamos a nossa família, existe uma coisa que não pode faltar: não pode faltar o amor e não pode faltar Deus. A família é um dom de Deus, ela não é fruto da decisão humana, visto que não foi o homem quem a inventou, mas sim, Deus Pai.

A salvação para as nossas famílias está em Deus. A nossa casa é uma Igreja doméstica, porque o Senhor ali está. E Ele não a [Igreja doméstica] quis sem um homem e uma mulher, uma família nova se origina pela união amorosa de um homem e uma mulher, que, unindo-se no amor, fazem com que ela cresça por meio dos filhos que vêm. A família é um dom de Deus e a força dela vem d'Ele; sem o Senhor nós somos incapazes de mantê-la.

Traga Deus para dentro da sua casa, sem Ele não conseguimos vencer o ladrão [inimigo de Deus], o assassino é mais forte que nós. Quem somos nós para combater este ser pervertido, o maligno!? A nossa luta se dá no Senhor, que é mais forte do que ele.

Quando uma casa começa sem Jesus Cristo, que é a Pedra Angular, ela desmorona; começar sem o Senhor, querer lutar sem Ele é como querer agarrar o vento.

Quando se tem Deus, quando O trazemos dentro do coração em primeiro lugar, enquanto dormimos o Senhor providencia todo o necessário. Mas sem a graça divina o nosso trabalho é em vão. Mas se temos o Senhor tudo se torna eficaz e tudo corre bem e concorre para a glória de Deus.

Marcio Mendes- CN






segunda-feira, 28 de abril de 2014

Desafios na educação cristã/católica dos filhos






Desafios na educação cristã/católica dos filhos

 


O principal desafio que a família de hoje deve estar atenta na educação cristã dos seus filhos não é religiosa, mas antropológico, a maneira, a visão, a concepção em entender quem é o ser humano: a ditadura do relativismo segundo o qual não existe uma verdade única, objetiva, geral para todos sobre quem é o ser humano e, por conseguinte, tampouco sobre o matrimônio e sobre a família. Evidencia-se, assim, o individualismo, em que cada um faz o quer e como quer.
O relativismo e o individualismo afirmam também que não existe um Deus comum a todos, cada um cria e se relaciona com seu próprio Deus e tampouco existem verdade única, normas éticas e valores permanentes. Cada um deve acreditar e fazer no que é melhor para sim mesmo na construção da sua própria felicidade. Eu sou a minha própria verdade e caminho.
Assim, os juízos sobre os valores morais, quer dizer, sobre o que é bom ou mau e, por isso, sobre o que deve fazer ou omitir, não pode proceder segundo o arbítrio individual. O ser humano, no mais profundo da sua consciência, descobre a presença de uma lei que ele não dita a si mesmo e à qual deve obedecer. Esta lei foi escrita por Deus no seu coração, de modo que, além de aperfeiçoar-se com ela como pessoa, será de acordo com esta lei que Deus o julgará pessoalmente.
Diante da realidade relativista e condicionante, a família tem hoje a inevitável tarefa de transmitir aos seus filhos a verdade sobre quem é a pessoa humana e como essa pode atingir a satisfação de todas as suas necessidades. Como já ocorreu nos primeiros séculos, hoje é de capital importância conhecer e compreender a primeira página do Gênesis: existe um Deus pessoal e bom, que criou a sua imagem e semelhança o homem e a mulher com igual dignidade, mas diferentes e complementares entre si, e deu-lhes a missão de gerar filhos, mediante a união indissolúvel de ambos em uma só carne (matrimônio). Um ser humano que é essencialmente relação e comunhão.
O ser humano recebeu de Deus uma incomparável e inalienável dignidade, criado à sua imagem e semelhança e destinado a ser filho adotivo. Cristo, com sua encarnação nos concedeu essa graça, somos filhos de Deus. Por ter sido criado à imagem de Deus, o ser humano tem a dignidade de pessoa: não é só alguma coisa, um ser individual de produção e lucro, mas alguém.
É capaz de conhecer-se, de dar-se livremente e de entrar em comunhão com outras pessoas. Esta relação com Deus e com outras pessoas pode ser ignorada, relativizada, esquecida ou removida, mas jamais pode ser eliminada, porque faz parte constitutiva do ser humano, seria o mesmo que eliminasse das pessoas o respirar, alimentar-se, dormir. Isolar-se é adoecer.
As consequências de não correspondência ao desígnio de Deus são desastrosas para a pessoa, a família e a sociedade. Assim se explica a justificação do aborto como um direito da mulher, as tentativas de legalizar a eutanásia, o controle artificial dos nascimentos, as leis cada vez mais permissivas do divórcio, as relações extraconjugais, as uniões homoafetivas e outras.
Amar significa dar e receber o que não se pode comprar nem vender, mas só presentear livre e reciprocamente. Graças ao amor, cada membro da família é reconhecido, aceito e respeitado em sua dignidade. Do amor nascem relações vividas como entrega gratuita, e surgem relações desinteressadas e de solidariedade profunda. Como a experiência o demonstra, mesmo das famílias em constante conflito e tensão, a família constrói cada dia uma rede de relações interpessoais e prepara para viver em sociedade na possibilidade e ideário de um clima de respeito, justiça e verdadeiro diálogo.
Os pais ter a autoridade de educar hoje a seus filhos com confiança e valentia nos valores humanos e cristãos, começando pelo mais radical de todos: a existência da verdade e a necessidade de procurá-la e segui-la para realizar-se como pessoas humanas. Outros valores chave hoje são o amor à justiça e a educação sexual clara e delicada que leve a uma valorização pessoal do corpo e a superar a mentalidade e a praxe que o reduz a objeto de prazer egoísta.
 A família, em sintonia com a Igreja e, mais em particular, com o Papa, os bispos e os padres colabora com que as pessoas desenvolvam alguns valores fundamentais que são imprescindíveis para formar cidadãos livres, honestos e responsáveis, por exemplo, a verdade, a justiça, a solidariedade, a partilha, o amor aos outros por si mesmos, a tolerância. Uma mesa que prepara a mesa da Eucaristia, em que todos compartilham os mesmos alimentos. A criança vai incorporando assim critérios e atitudes que o ajudarão mais adiante nesta outra família mais ampla que é a sociedade.


Pe. Wladimir Porreca
Assessor nacional para a Vida e a Família/CNBB